sábado, 7 de abril de 2012

EMILY NOETHER: O TEOREMA DELA É A ESTRUTURA SOBRE A QUAL TODA A FÍSICA MODERNA É CONSTRUÍDA: O MUNDO ESQUECEU.



Amalie "Emmy" Noether (Erlangen, 23 de março de 1882 — Bryn Mawr, 14 de abril de 1935) foi uma matemática e física alemã. 130 anos após seu nascimento é resgatada.

Trabalhou nas áreas de teoria dos anéis e álgebra abstrata. Elaborou o Teorema de Noether, que explica as conexões entre simetria e as leis de conservação em física teórica. A maior parte de seu trabalho, no entanto, foi centrada no estudo de álgebra.


Albert Einstein a chamava de a mais "significativa" e "criativa" matemática do sexo feminino de todos os tempos. Emily inventou o teorema que unificou com magistral concisão dois pilares conceituais da física: a simetria na natureza e as leis universais da conservação. Ela continua muito pouco conhecida;não apenas pelo público em geral, mas também por muitos membros da comunidade científica.

Emily nasceu há 130 anos completados esse mês e merece ser lembrada pelo seu amor aos números e pelo trabalho brilhante, sem esquecer a dificuldade de ser mulher na Alemanha numa época em que as universidades locais não aceitavam alunas nem contratavam professoras, além de ser judia em meio ao início da ascensão do nazismo ao poder. Apesar de tudo ela exerceu magnificamente seu talento e publicou vários estudos importantes, alguns sob um nome masculino, no campo da álgebra abstrata e teoria dos anéis.

Ela veio de uma família de matemáticos. Seu pai era um importante professor das universidades de Heidelberg e Erlangen, e seu irmão Fritz era cientista. Impedida de se matricular formalmente na Universidade de Erlangen, acompanhou os cursos como ouvinte, mas foi tão bem nos exames finais que acabou recebendo um título equivalente ao de bacharel.

Entre todos os cientistas judeus, Noether foi uma das primeiras a ser demitida de seu posto de professora conseguido a duras penas pelos amigos matemáticos da época e forçada a deixar a Alemanha. Em 1933, com a ajuda de Einstein, ela conseguiu um emprego na Universidade de Bryn Mawr, nos EUA, onde se sentiu acolhida. Apenas 18 meses após sua chegada, aos 53 anos foi operada de um cisto no ovário e morreu dias depois.

Dave Goldberg, um físico da Universidade de Drexel escreveu recentemente um livro sobre o trabalho dela.

Fonte: NEW YORK TIMES

Um comentário:

  1. Conseguiu tornar em realidade seu sonho. Acredito que deveriam reverenciar mais o nome dessa ilustre mulher, dando-lhe o nome a alguma escola

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