domingo, 18 de maio de 2008

1968 - O ANO!

1968 - O ANO MÁGICO! muito boa a reportagem do jornal O Globo de hoje, 18 de maio, sobre 1968 . O enfoque é o efeito deste ano mágico/revolucionário nas artes. Muita coisa boa foi dita e consegui tirar algumas coisas importantes para (minha) reflexão:

Ferreira Gullar :"O Cubismo, surrealismo e expressionismo apareceram para ver se arrebentavam com essa intranscendência, mas não seriam capazes, num longo prazo, de impedir a marcha implacável do empobrecimento da imaginação".

"Quando , no plano da música, essa contracultura surge no Brasil, ela nega a música popular brasileira e fala do som universal. Para o bem ou para o mal, esse processo de redução do carácter nacional e regional já era o que era, nunca mais teria a hegemonia e predominância que teve".

"Essa ruptura pós-moderna alia-se perfeitamente à cultura de massa, à sociedade do e spetáculo, a ponto de as artes plásticas virarem performance. O que é performance? O artista vira, ele, a obra. Ocupa o lugar da arte. É um ator. Então por que não está no teatro? . Minha esperança é de que a minoria que lida com a essência continue tendo força e perenidade. Quem inventa a vida é Lavrosier, é Newton, é KANT, é Goethe, não é estar na praia rebolando a bunda. A vida continua a ser inventada por quem reflete, ainda que cresça, dia a dia, a enxurrada de espuma".

Estamos sem referências : "Mas, por ora, é o que se vê: por que a arte virou abstrata, matéria, pura matéria? A arte sempre falou de alguma coisa, sempre foi um instrumento discursivo. De repente, passou a falar dela própria. Tinta sobre tela até arrebentar tudo. O que é tinta sobre tela? Não é porra nenhuma. É sensorial, mas vai para onde? Qual a referência que resta? ".

Rogério Sganzerla, fez a grande obra cinematográfica da contracultura em 1968: 'O bandido da luz vermelha".

Judith Malina, diretora do Living Theater,morou em Ouro Preto e fez parceria com o Teatro Oficina. Sucesso naquela década, ela, misturava ousadia, protesto, experimentalismo e psicodelia- diz: " Quando voltamos, desenvolvemos um trabalho sobre o sadomasoquismo, que foi inspirado na experiência da tortura. Uma sociedade violenta como a brasileira tem um elevado grau de sadomasoquismo na polícia que costuma torturar até hoje, no público que gosta de enredos violentos e na sociedade que convive com essa violência, numa escala cada vez maior".

2 comentários:

  1. OI Jô, a arte como extensão do ser nos faz repensar na constância do modismo que anda passeando por aí. É comum ver obras muito semelhantes nas galerias. A arte segue tendências?! Um pinta de uma maneira, lá vai o outro tentar o mesmo movimento, cores etc. Cai no vazio da cópia. Aonde estará a criação? O quê movimenta o artista a fazer uma determinada obra? Venho me perguntado isso há algum tempo e me dá um certo fastio ao me deparar com essa falta do que dizer de dentro pra fora. Bjs Sosô.

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  2. Oi Jô, tudo bem?
    eu gostaria de um contato seu. Faço assessoria do Cinema Nosso, uma escola audiovisual que fica na Lapa. Vi uma nota sobre a revista cultural "Fuzuê Magazine". gostaria de sugerir uma pauta. Pode ser?
    meu contato é ramaral@midiaatual.com.br
    Espero o seu retorno,
    Obrigada

    Raquel Amaral

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