domingo, 23 de outubro de 2011

SOMOS INFELIZES NO TRABALHO, É FATO. UMA REFLEXÃO COM PÁTRIA DEFINIDA: BRASIL


Grande parte dos brasileiros se declaram infelizes no trabalho: chefes prepotentes e grosseiros, excessos de trabalho e projetos engavetados, nenhuma perspectiva de melhora, vida pessoal em segundo plano. O perfil dos empregadores brasileiros é o pior possível.

Essa imagem que se vende do novo empresário, de chances maravilhosas no trabalho, de uma nova juventude e blá..blá..blá..é tudo marketing. O Brasil ainda está no séc 10 quando se trata de valorização da pessoa e da mão de obra.

Temos um exército de pessoas indo com raiva ao trabalho e por isso adoecendo. Ainda estamos na idade da pedra nas relações patrão/empregado, e com isso, intensificando a rivalidade, a competitividade e o ódio entre nós pobres mortais.O capitalismo se renova as custas da depressão humana, mas, no Brasil é ainda pior.

Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, de 86 anos, é considerado um dos pensadores que mais produz obras que refletem os tempos contemporâneos, vê nos sinais de exaustão do capitalismo, não o fim, mas um novo começo para um sistema que elogia pelo que classifica como uma capacidade fabulosa de ressurreição e regeneração, ainda que algo bastante comum aos parasitas do mundo animal - organismos que se alimentam de outro organismo, até a quase completa exaustão do seu hospedeiro, quando o parasita encontra outra criatura da qual se alimentar, deixando para trás uma trilha de destruição.

Concordo plenamente, a comodificação de todos os setores de nossa vida está ligada ao crescimento do cunsumo/mercado e isso reflete nos nossos desejos que são transformados em necessidades pela economia capitalista. É o capitalismo avançando com o que se pode chamar de destruição criativa do sistema. Estamos eternamente no impasse em como ajustarmos sobrevivência e realização.

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