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domingo, 24 de abril de 2011
MORRE NOSSO AMADO MESTRE SAI BABA. A TERRA FICOU MAIS POBRE.
OM ASATO MA SADGAMAYA que se vá a não-verdade e venha a verdade
TAMASO MA JYOTIRGAMAYA que se vá a escuridão e venha a luz
MRTYOR MA AMRTAM GAMAYA que se vá a morte e venha a imortalidade
OM SHANTIH SHANTIH SHANTIH que haja paz, paz, paz
Original Tradução para o português
Love is my form
Truth is my breath
Bliss is my food
Amor é minha forma
Verdade é minha respiração
Felicidade é meu alimento
My life is my message
Expansion is my life
Minha vida é minha mensagem
Expansão é minha vida
No season for love
No reason for love
No birth, no death
Sem estação para o amor
Sem motivo para o amor
Sem nascimento, sem morte
Prema, Sathya, Ananda
Shanti, Dharma, Ananda
Amor, Verdade, Bem-Aventurança
Paz, Retidão, Alegria Transcendental
Shirdi Sai, Parthi Sai
Prema Sai, Jay Jay (2x)
Shirdi Sai, Parthi Sai
Prema Sai, Vitória Vitória!
"Vim para acender a chama do Amor em seus corações, para que ela brilhe dia a dia com mais esplendor.
Não vim em benefício de alguma religião em particular.
Não vim em nenhuma missão de publicidade para qualquer seita, credo ou causa, nem vim reunir seguidores para nenhuma doutrina.
Não tenho planos para atrair discípulos ou devotos ao meu rebanho ou a algum outro rebanho.
Vim para falar-lhes desta Fé Unitária Universal, deste Princípio Divino, deste Caminho de Amor, desta Ação de Amor, deste Dever de Amor, desta Obrigação de Amor."
Sathya Sai Baba
quinta-feira, 21 de abril de 2011
domingo, 17 de abril de 2011
quinta-feira, 14 de abril de 2011
ZUZU ANGEL-35 ANOS DA MORTE DA GUERREIRA
ZUZU ANGEL
Uma mulher guerreira que perdeu o filho Stuart torturado e assasinado pela ditadura militar. Ativista que lutava contra a Ditadura instaurada a força no Brasil pelos militares brasileiros apoiados pelo Governo Estadunidense, foi preso e morto nas dependências do DOI-CODI.
A partir daí, Zuzu entraria em uma guerra contra o regime pela recuperação do corpo de seu filho, envolvendo até os Estados Unidos, país de seu ex-marido e pai de Stuart. Essa luta só terminou com sua morte, ocorrida na madrugada de 14 de abril de 1976, num "acidente" de carro na Estrada da Gávea, à saída do Túnel Dois Irmãos (RJ), em circunstâncias então mal esclarecidas. O corpo de Stuart nunca foi encontrado.
Ainda menina, Zuleika Angel Jones mudou-se com a família para Belo Horizonte. Ali começou sua carreira como costureira, fazendo roupas para as primas. Depois foi para Bahia e, em 1947, estabeleceu-se no Rio de Janeiro onde começou a carreira profissional. Já não era propriamente uma costureira, mas uma estilista, que criava sua própria moda, com uma linguagem muito pessoal.
Tratava-se, além disso, de uma moda brasileira, com materiais do país e cores tropicais. Misturava renda, seda, fitas e chitas com temas regionalistas e folclóricos, com estampados de pássaros, borboletas e papagaios. Trouxe também para a moda as pedras brasileiras, fragmentos de bambu, de madeira e conchas. Buscava não somente o mercado da elite, como também queria vestir a mulher comum.
Nos anos 1970 abriu sua loja em Ipanema e encantou o mundo. Conquistou o mercado norte-americano, foi vitrine de grandes lojas de departamentos e apareceu em importantes veículos de comunicação dos Estados Unidos. Pioneiramente, começou a divulgar sua marca colocando-a do lado externo da roupa. O anjo era o seu logotipo.
Logo após a morte de Stuart, as torturas que sofreu foram narradas a Zuzu por meio de uma carta do preso político Alex Polari de Alverga. Segundo esse depoimento, Stuart foi arrastado por um jipe pelo pátio interno da Base Aérea do Galeão, com a boca no cano de descarga do veículo. Mais tarde, Alex ouviu os gritos de Stuart - numa cela ao lado - pedindo água e dizendo que ia morrer. Depois, seu corpo foi retirado da cela. Este depoimento de Alex consta do vídeo "Sônia Morta e Viva", produzido e dirigido por Sérgio Waisman, em 1985.
Já separada do marido, o americano Norman Angel Jones, Zuzu Angel incansavelmente denunciou as torturas, a morte e ocultação do cadáver de Stuart, tanto no Brasil como no exterior. Em vários de seus desfiles denunciou os fatos para a imprensa, entregando pessoalmente uma carta a Henry Kissinger, na época Secretário de Estado do Governo norte-americano, já que seu filho também tinha a cidadania americana. Utilizou sua fama para envolver, a favor da sua causa, inúmeros clientes e amigos importantes: Joan Crawford, Kim Novak, Veruska, Liza Minelli, Jean Shrimpton, Margot Fonteyn e Ted Kennedy, entre outros.
Zuzu passou a usar sua moda como forma de protesto fazendo - como ela mesma dizia - "a primeira coleção de moda política da história", usando ao lado dos anjos, as figuras de crucifixos, tanques de guerra, pássaros engaiolados, sol atrás das grades, jipes e quépis. O uso dessas metáforas foi a solução que encontrou para simbolizar, em seu trabalho, a história de seu filho.
Em 14 de abril de 1976, às 3h, na Estrada da Gávea, à saída do Túnel Dois Irmãos (RJ), Zuzu morreu, vítima de um acidente automobilístico. Na época, o governo divulgou que a estilista teria dormido ao volante, fato contestado anos depois. Até hoje as circunstâncias dessa tragédia não foram esclarecidas.
Uma semana antes do acidente, Zuzu deixara na casa de Chico Buarque, um documento que deveria ser publicado caso algo lhe acontecesse. "Se eu aparecer morta, por acidente ou outro meio, terá sido obra dos assassinos do meu amado filho", dizia. Sua força e coragem inspiraram ao compositor, em parceria com Miltinho do MPB4, a música "Angélica", cuja letra pergunta, "quem é essa mulher?" ().
Zuzu Angel foi sepultada pela família, em 15 de abril de 1976, no Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro. Uma de suas duas filha, a jornalista Hildegard Angel, foi a idealizadora do Instituto Zuzu Angel de Moda do Rio de Janeiro, uma entidade civil sem fins lucrativos, fundado em outubro de 1993.
Fonte:Uol
Uma mulher guerreira que perdeu o filho Stuart torturado e assasinado pela ditadura militar. Ativista que lutava contra a Ditadura instaurada a força no Brasil pelos militares brasileiros apoiados pelo Governo Estadunidense, foi preso e morto nas dependências do DOI-CODI.
A partir daí, Zuzu entraria em uma guerra contra o regime pela recuperação do corpo de seu filho, envolvendo até os Estados Unidos, país de seu ex-marido e pai de Stuart. Essa luta só terminou com sua morte, ocorrida na madrugada de 14 de abril de 1976, num "acidente" de carro na Estrada da Gávea, à saída do Túnel Dois Irmãos (RJ), em circunstâncias então mal esclarecidas. O corpo de Stuart nunca foi encontrado.
Ainda menina, Zuleika Angel Jones mudou-se com a família para Belo Horizonte. Ali começou sua carreira como costureira, fazendo roupas para as primas. Depois foi para Bahia e, em 1947, estabeleceu-se no Rio de Janeiro onde começou a carreira profissional. Já não era propriamente uma costureira, mas uma estilista, que criava sua própria moda, com uma linguagem muito pessoal.
Tratava-se, além disso, de uma moda brasileira, com materiais do país e cores tropicais. Misturava renda, seda, fitas e chitas com temas regionalistas e folclóricos, com estampados de pássaros, borboletas e papagaios. Trouxe também para a moda as pedras brasileiras, fragmentos de bambu, de madeira e conchas. Buscava não somente o mercado da elite, como também queria vestir a mulher comum.
Nos anos 1970 abriu sua loja em Ipanema e encantou o mundo. Conquistou o mercado norte-americano, foi vitrine de grandes lojas de departamentos e apareceu em importantes veículos de comunicação dos Estados Unidos. Pioneiramente, começou a divulgar sua marca colocando-a do lado externo da roupa. O anjo era o seu logotipo.
Logo após a morte de Stuart, as torturas que sofreu foram narradas a Zuzu por meio de uma carta do preso político Alex Polari de Alverga. Segundo esse depoimento, Stuart foi arrastado por um jipe pelo pátio interno da Base Aérea do Galeão, com a boca no cano de descarga do veículo. Mais tarde, Alex ouviu os gritos de Stuart - numa cela ao lado - pedindo água e dizendo que ia morrer. Depois, seu corpo foi retirado da cela. Este depoimento de Alex consta do vídeo "Sônia Morta e Viva", produzido e dirigido por Sérgio Waisman, em 1985.
Já separada do marido, o americano Norman Angel Jones, Zuzu Angel incansavelmente denunciou as torturas, a morte e ocultação do cadáver de Stuart, tanto no Brasil como no exterior. Em vários de seus desfiles denunciou os fatos para a imprensa, entregando pessoalmente uma carta a Henry Kissinger, na época Secretário de Estado do Governo norte-americano, já que seu filho também tinha a cidadania americana. Utilizou sua fama para envolver, a favor da sua causa, inúmeros clientes e amigos importantes: Joan Crawford, Kim Novak, Veruska, Liza Minelli, Jean Shrimpton, Margot Fonteyn e Ted Kennedy, entre outros.
Zuzu passou a usar sua moda como forma de protesto fazendo - como ela mesma dizia - "a primeira coleção de moda política da história", usando ao lado dos anjos, as figuras de crucifixos, tanques de guerra, pássaros engaiolados, sol atrás das grades, jipes e quépis. O uso dessas metáforas foi a solução que encontrou para simbolizar, em seu trabalho, a história de seu filho.
Em 14 de abril de 1976, às 3h, na Estrada da Gávea, à saída do Túnel Dois Irmãos (RJ), Zuzu morreu, vítima de um acidente automobilístico. Na época, o governo divulgou que a estilista teria dormido ao volante, fato contestado anos depois. Até hoje as circunstâncias dessa tragédia não foram esclarecidas.
Uma semana antes do acidente, Zuzu deixara na casa de Chico Buarque, um documento que deveria ser publicado caso algo lhe acontecesse. "Se eu aparecer morta, por acidente ou outro meio, terá sido obra dos assassinos do meu amado filho", dizia. Sua força e coragem inspiraram ao compositor, em parceria com Miltinho do MPB4, a música "Angélica", cuja letra pergunta, "quem é essa mulher?" ().
Zuzu Angel foi sepultada pela família, em 15 de abril de 1976, no Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro. Uma de suas duas filha, a jornalista Hildegard Angel, foi a idealizadora do Instituto Zuzu Angel de Moda do Rio de Janeiro, uma entidade civil sem fins lucrativos, fundado em outubro de 1993.
Fonte:Uol
quinta-feira, 7 de abril de 2011
A TV PÚBLICA É TV LAICA!!!!
Eugênio Bucci - O Estado de S.Paulo
Na área desalentadora das emissoras públicas e estatais, acaba de surgir uma notícia que não é puro ranger de dentes: a TV Brasil promete que vai suspender a transmissão de missas católicas e cultos evangélicos. Aleluia, cidadãos!
Tirar uma celebração religiosa da TV brasileira será um pequeno milagre. É mais fácil
um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que uma missa sair da grade de uma
estação de TV no Brasil. Em verdade vos digo: as religiões, algumas fanáticas, outras
meramente formais, não são apenas o ópio dos radiodifusores; elas são o bezerro de
ouro - e ponha ouro nisso - de boa parte dos canais de rádio e TV, sejam eles públicos ou privados, com fins de lucro.
Até aí, nada de novo sob o sol. É assim desde o princípio dos tempos televisivos. Agora,porém, o anúncio da TV Brasil pode indicar mudanças no horizonte. Uma tendência que parecia eterna poderá ser invertida. Ao menos é o que parece. Se de fato as igrejas saírem do ar, nem que seja numa única estação, teremos razão para um júbilo moderado.
Será uma glória, ainda que modesta. Em nosso país, religião e radiodifusão guardam
laços antigos, quase pétreos, e a presença de pregadores na tela só faz aumentar. Basta olhar a paisagem. Diversas emissoras públicas, em uma ou outra beirada da sua grade,têm lá uma pregação católica regular. Um exemplo é a TV Cultura de São Paulo,
pertencente à Fundação Padre Anchieta, que cultiva a tradição de transmitir a missa de Aparecida. A distorção não para aí. Ela se espalha pelos domínios das emissoras
comerciais, que são a grande maioria. A Globo, aos domingos, pouco antes das 6 da
manhã, transmite em São Paulo a Santa Missa, estrelada pelo padre Marcelo Rossi.
Sim, é apenas uma missa. Mas há casos mais graves, bem mais graves. Na Rede Record é difícil fazer os olhos não tropeçarem num bispo ou num pastor a cada hora - as bênçãos estão para a Record assim como os sorteios e loterias estão para o SBT. Daí para a frente,zapeando pela TV aberta, constatamos que a grande maioria das estações e das redes, ao menos uma vez por semana, abre as antenas para a propaganda religiosa, boa parte dela dirigida a captar doações do fiel telespectador.
O "mercado da fé" cresce sem parar. Proliferam aceleradamente as emissoras vinculadas
a esta ou àquela igreja. Tele-evangelistas prosperam como radiodifusores abastados. O
cenário desola, em oposição ostensiva aos ideais democráticos e republicanos.
Esse ponto, o dos ideais democráticos e republicanos, é o mais sério. É também o mais
desprezado: políticos e legisladores - principalmente os comprometidos até a alma com o gigantesco negócio dos teletemplos - fazem questão de ignorá-lo. Por isso mesmo, é fundamental que tratemos dele. Emissoras, públicas ou privadas, quando conduzidas por interesses ou critérios religiosos, contrariam as premissas do Estado laico e, mais ainda, afrontam a Constituição federal. Estão pecando contra as leis dos homens, por assim dizer, e constrangendo a liberdade religiosa dos cidadãos.
À primeira vista, a afirmação parece um paradoxo, mas paradoxal é a situação que está
aí. Alguém desavisado pode imaginar que a liberdade religiosa deveria permitir que cada religião fosse dona da sua própria rede de radiodifusão, mas não é assim que deve ser. É justamente o oposto. Para que todos tenham liberdade de culto as emissoras não podem estar a serviço de culto nenhum. Estações de rádio ou TV controladas por igrejas não ampliam, mas confinam a liberdade religiosa.
O raciocínio é muito simples. A radiodifusão é serviço público - nos termos da própria Constituição - e, como tal, assim como não pode estar a serviço de um partido político,não deveria servir a uma igreja. O Estado - e os serviços públicos por ele assegurados - deve ser laico. Não porque ele, Estado, queira propagar o ateísmo, mas porque, ao abraçar uma religião em particular, estaria oprimindo as outras. Só há a liberdade religiosa se o Estado não tiver religião alguma. Tanto é assim que a Constituição nos garante, em seu artigo 19: "É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público".
Como serviço público - que só pode ser prestado por particulares mediante concessão
pública -, a radiodifusão deveria observar o mesmo princípio - principalmente a
radiodifusão pública. A veiculação semanal de cultos numa televisão do Estado é uma
apostasia, uma heresia, um escândalo, um pecado mortal. Por que uma ou duas religiões
viriam na frente das demais? Por que promovê-las com recursos públicos em detrimento
das outras?
É nesse contexto, atrasado e antidemocrático, que devemos louvar a decisão da TV
Brasil, que foi noticiada por este jornal em 29 de março, em reportagem de Wilson Tosta (EBC decide suspender programas religiosos). Conforme relata o repórter, o Conselho Curador da instituição decidiu substituir o culto evangélico e a missa católica por uma programação que dê lugar às outras crenças, não como pregação, mas como debate e informação. Datada de 24 de março, a decisão tem seis meses para ser posta em prática.
Oremos, ou seja, tomara que dê certo.
Por quatro anos, três meses, vinte dias e duas horas, fui presidente da Radiobrás - a
empresa pública que deu origem à atual Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Durante a minha gestão havia uma missa dominical na TV Nacional de Brasília, que pertencia à Radiobrás. Não tive o engenho, a sustentação política e a graça para tirá-la do ar. Era difícil demais. Se a direção da EBC conseguir fazê-lo, deixo aqui meu testemunho que terá sido um feito bíblico.
JORNALISTA, É PROFESSOR DA ECA-USP E DA ESPM
quarta-feira, 6 de abril de 2011
PROJETO " TARDES POÉTICAS"
A ZL COMUNICAÇÃO APRESENTA O PROJETO : TARDES POÉTICAS
APRESENTAÇÃO
Obs: ESTE PROJETO ESTÁ REGISTRADO NA BIBLIOTECA NACIONAL (RJ)
A poesia é um meio privilegiado para despertar o amor pela nossa língua, nossa cultura. A rima, o ritmo e a sonoridade, permitem uma descoberta progressiva das potencialidades da linguagem escrita. Essa descoberta, tão decisiva para a formação do indivíduo, adquire assim um carácter lúdico. Brincar com os sons, descobrir novas ressonâncias, ouvir e ler pequenas histórias em verso, memorizar os poemas preferidos, desvendar imagens e sentimentos contidos na palavra, são atividades de adesão imediata que podem e devem ser introduzidas no universo infantil antes da alfabetização, pois constituem uma excelente forma de preparação para aprendizagem da leitura e da escrita.
A poesia deve ser feita por todos. Entendemos que a arte poética não deve ser um dom para ser fruído apenas por alguns, mas sim uma dádiva para todos. A poesia é a arte mais democrática que o homem conseguiu criar.
Para nos dispormos a enfrentá-la com propostas efetivas é preciso acreditar que a poesia é essencial à vida. Que o acesso a ela é um direito de toda criança e todo jovem. Se a criança ou o jovem vai, depois, se tornar um leitor de poesia não temos como afirmar, mas temos o dever de levá-lo a ter contato com uma poesia em que estejam representados seus desejos, dúvidas, medos, alegrias, enfim, sua experiência de vida. Mas, também, proporcionar-lhe leituras desafiadoras que possam questionar posições, preconceitos e a colaborar para que se tornem leitores mais exigentes.
É preciso também estar atento ao modo como se dará o encontro do jovem leitor com o poema. O conhecimento das expectativas do leitor e de textos que estão em sintonia com essas expectativas não é suficiente. Inúmeras vezes encontra- mos alunos e alunas que resistem a poemas de Drummond, de Cecília Meireles,de Manuel Bandeira. Temos a consciência de que se o aluno tem dificuldade de gostar de algo a que poucas vezes teve acesso. E se o teve foi via livro didático, de um modo nem sempre adequado.
JUSTIFICATIVA
De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura, realizada em 2007 pelo Instituto Pró-Livro para a CBL, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros e a Associação Brasileira de Livros, 95,6 milhões de brasileiros (cerca de 55% do total) declararam ter lido um livro nos últimos três meses.
A pesquisa mostrou crescimento no número de leitores no Brasil. A média, que era de de 1,8 livro lido por ano por habitante em 2001, passou para para 4,7 livros por habitante/ano.
O faturamento do mercado editorial brasileiro cresceu 6,56% em 2008 ante 2007, com aumento de 5,64% no número de exemplares vendidos. Foram obtidos R$ 2,43 bilhões com a venda de 211,5 milhões de exemplares.Em 2008, somando as vendas do mercado e do governo, o aumento do faturamento foi de 9,71% Descontada a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expansão do faturamento no ano passado atingiu 4,9%.
Para garantir que o livro não saia da vida do brasileiro após a fase escolar, esse projeto pretende incentivar a leitura através da poesia.
OBJETIVO
Nosso objetivo é apontar perspectivas de abordagem do poema para leitores jovens, resgata-los das ruas, e sobretudo, fortalecer a auto-estima. Encorajar aos participantes a escreverem seus sentimentos,suas vitórias, suas esperanças. Aprendemos que quando escrevemos sobre nós, estamos aprendendo a nos conhecer melhor.
O caminho que nos parece mais promissor, embora mais difícil, devido à pouca prática de leitura de poemas, é o da busca, na obra de nossos grandes poetas, de poemas que respondam ao horizonte de expectativa do leitor jovem. O jovem precisa ser incluído nesse processo.
Se a leitura em nosso país é desprestigiada, não poderia ser diferente com a poesia. As razões são muitas. Vou abordar algumas delas: em primeiro lugar, muitos adultos, recomendam mas não gostam de ler.
Em segundo, creio que se criou uma cultura de aparências no seio de uma certa elite que adora sentir-se "intelectual", "culta", "moderna" e "de vanguarda". Num país enraizado na cultura oral e popular - desprezada e desconhecida - é comum que essa elite se sinta "superior", só porque estudou um pouco. Nesse contexto, algumas vezes, surge uma literatura elitista, hermética e especializada, escrita para raros iniciados - literatura que afasta o leitor, mesmo aquele de nível universitário, mas sem formação em literatura. Impotentes, muitas pessoas chegam à conclusão de que "não têm jeito para a leitura". Naturalmente, isso tem reflexo negativo se pensarmos no leitor jovem que está se formando.
E por último, somos formados pelo discurso escolarizado, predominante no livro didático.
PÚBLICO ALVO: Alunos do Ensino Fundamental e Médio. O Projeto, também, pode favorecer pessoas da comunidade. A poesia é para todos.
Contatos: zlcomunicacao8@gmail.com
Jô A. Ramos: jo.hramos@gmail.com
terça-feira, 5 de abril de 2011
AI WEIWEI, ARTISTA CHINÊS, CRÍTICO DO REGIME CHINÊS ESTÁ DESAPARECIDO HÁ MAIS DE 24 H
O artista plástico chinês Ai Weiwei, reconhecido internacionalmente, estaria desaparecido há mais de 24 horas após ser detido no aeroporto de Pequim. Ele teria sido interpelado na manhã do domingo, quando passava pela segurança do aeroporto, antes de embarcar em um voo para Hong Kong. Ninguém mais teve notícias dele desde então. As autoridades chinesas não comentaram o assunto.
Poucas horas após sua detenção, o estúdio do artista em Pequim foi invadido por mais de 40 policiais. Dezenas de itens foram confiscados e funcionários foram interrogados.
Ai Weiwei, 53, vem se tornando um dos mais eloquentes críticos do regime chinês, principalmente sobre a falta de respeito aos direitos humanos.
O artista viajava com uma assistente, Jennifer Ng. Os documentos de ambos foram checados e apenas Ng pôde seguir viagem a Hong Kong.
Ela disse à BBC que o artista foi levado por guardas de fronteira.
"Eu voltei para checar com os seguranças e eles disseram: 'Ele tem outros negócios você pode seguir sozinha no voo'", disse.
CONOTAÇÕES POLÍTICAS
A obra de Ai Weiwei é reconhecida em todo o mundo. Ele ajudou a desenhar o estádio olímpico de Pequim, usado nos Jogos de 2008, que ficou conhecido como "Ninho do Pássaro".
Ele atualmente faz uma exposição na galeria Tate Modern, em Londres, com uma obra composta por mais de 100 milhões de peças de porcelana moldadas na forma de sementes de girassol. O artista também vem se tornando um crítico contumaz do governo chinês.
Algumas de suas obras têm conotações políticas. Ele tentou, por exemplo, reunir todos os nomes de estudantes mortos durante o terremoto de Sichuan, de 2008.
Esse é um tema sensível, porque muitas escolas desabaram com o terremoto, levando a acusações de que elas haviam sido construídas de maneira inadequada.
O governo chinês não comenta a questão e já prendeu ativistas que questionam a segurança das escolas. Ai Weiwei também deu seu apoio a outros ativistas que enfrentaram as autoridades chinesas. No final do ano passado, ele compareceu a um tribunal em Pequim ao lado do artista Wu Yuren, que seria julgado.
Ele aproveitou a oportunidade para falar à mídia estrangeira, criticando o governo pelo que considera uma falta de direitos básicos e liberdades na China. No ano passado, o artista foi proibido de viajar ao exterior e colocado brevemente sob prisão domiciliar.
Segundo Jennifer Ng, ele é mantido sobre vigilância constante e teria sido visitado por policiais em seu estúdio três vezes recentemente.
Fonte : Folha de São Paulo
Há 14 anos, a Tate Modern de Londres expõe The Unilever Series em que artistas plásticos renomados pelo mundo expõem seus trabalhos no Turbine Hall. O convidado desta edição é o chinês Ai Wei Wei que mais uma vez surpreendeu colocando 100 milhões de sementes de girassol feitas de porcelana nas instalações da galeria. Para concluir a obra foi necessário que 1,6 mil pessoas se empenhassem durante dois anos e meio na confecção das sementes.
Além de artista, Ai Wei Wei é um ativista político. O seu site usado para divulgar suas ideias a conterrâneos já foi tirado do ar pelo governo chinês diversas vezes e o artista esteve em prisão domiciliar no final do ano passado para impedir que uma festa com ares de protesto acontecesse. A primeira vez que exibiu seu trabalho foi em 1979, na Star Exhibition, que reunia obras dos integrantes do Stars, um grupo de artistas chineses da geração pós-Mao.
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