sexta-feira, 23 de outubro de 2009

16 DIAS DE ATIVISMO CONTRA A VIOLÊNCIA DE GÊNERO - 25 de novembro - 10 de dezembro de 2009



A cada ano, desde 1991, dezenas de milhares de ativistas de todas as regiões do mundo têm participado na campanha dos 16 dias de Ativismo contra a Violência de Gênero. As mensagens fundamentais da campanha – que os direitos das mulheres são
direitos humanos e que a violência contra as mulheres é uma violação dos direitos humanos – têm sido uma chamada de unificação para o movimento de mulheres. Ao reconhecer que a violência contra as mulheres atinge aos povos de cada país,
raça, classe, cultura e religião, a campanha dos 16 dias dá oportunidade às/aos ativistas para trabalhar juntos em solidariedade, utilizando esse período no qual há um aumento da atenção ao tema a nível internacional para procurar apoio pelo seus esforços a nível local.

Em celebração ao 60° aniversario da Declaração Universal Dos Direitos Humanos (DUDH), durante a campanha dos 16 dias do ano passado, milhões de pessoas se comprometeram a apoiar o trabalho para acabar com a violência contra as mulheres
e defender os direitos humanos. Construindo sob esta base, o Centro pela Liderança Global das Mulheres (CWGL) se dedica os 16 Dias de Ativismo contra Violência de Gênero para honrar os grupos e pessoas que se comprometeram a dar atenção mundial para a violência contra as mulheres, a incentivar todas as pessoas, de acordo a suas diversas capacidades, a atuar para por fim à violência contra as mulheres, e a reclamar a prestação de contas referente a todas as promessas feitas para eliminar a violência contra as mulheres. Por isso, o tema pelo ano 2009 é:

COMPROMETA-SE ▪ ATUE ▪RECLAME:
PODEMOS ACABAR COM A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES !
COMPROMETA-SE: TODOS E TODAS SOMOS RESPONSÁVEIS


Em 1991, quando 23 mulheres de todas partes do mundo se reuniram no primeiro Instituto de Liderança Global das Mulheres organizado pelo Centro de Liderança Global das Mulheres e pensaram na idéia da campanha dos 16 dias, quem sabe nenhuma delas tivesse imaginado o êxito incrível que a campanha teve como ferramenta de organização. Devido ao esforço e ao compromisso de muitas outras ativistas ao longo desses 19 anos, mais de 2.000 organizações em 159 países tem se organizado em volta da campanha dos 16 dias, e o problema da violência de gênero tem recebido um nível importante de atenção ao redor do mundo. Durante as preparações para a campanha, o CWGL lhe pede não só que reconheça e celebre os logros para por fim a violência contra as mulheres, porém também motive a participação da comunidade mais ampla ao
enfatizar o fato de que todos e todas temos um papel a desempenhar. Temos todos responsabilidade de por fim a violência de gênero, trabalhando juntos: mulheres, meninas, homens, meninos, e pessoas de todas as gerações, ofícios, orientações
sexuais, posições políticas e estratos socioeconômicos.

ATUE: PODEMOS FAZER A DIFERENÇA

Em 2009, é o 10° aniversario do reconhecimento formal pelas Nações Unidas do 25 de novembro como Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher. Tem muitas outras datas e documentos importantes que tem resultado das AÇÕES das ativistas e defensoras dos direitos das mulheres. O movimento contra a violência contra as mulheres é um bom exemplo da maneira em que o ativismo a nível local pode se transformar em ações a nível global. Durante a campanha dos 16 dias, o CWGL, convida a pessoas, organizações e governos a atuar nos compromissos que se façam para acabar com a violência contra as mulheres. Cada compromisso – seja uma promessa pessoal, uma lei local ou nacional, uma convenção ou resolução internacional, ou a Plataforma de Ação de Beijing – deve-se considerar como uma promessa as mulheres.

JÁ É O MOMENTO de tornar realidade essas promessas. Cada ação, não interessa a sua dimensão, pode fazer a diferença!

RECLAME: TEMOS QUE PRESTAR CONTAS

Na Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher, que teve lugar em Beijing em 1995, organizações das mulheres de todas partes do mundo se reuniram com representantes dos governos e contribuíram na produção da Plataforma de Ação de Beijing – que até hoje continua sendo um dos documentos mais avançados sobre os direitos das mulheres que tem sido negociado com os governos. Nesse documento pioneiro se contempla uma lista de ações que, se fossem implementadas,teriam o efeito de reduzir a violência contra as mulheres. Em 2010 se celebrará o 15° aniversario da Conferência de Beijing
sobre as mulheres. Por isso, todas e todos deveríamos reclamar a implementação da Plataforma de Ação de Beijing, assim como de outros documentos chaves, e reclamar a prestação de contas pelos Estados em respeito ao término da impunidade, a destinação dos recursos adequados, e a implementação de boas leis e planos nacionais de ação em torno da violência contra as mulheres. Fazemos também um chamado a ONU a tomar ações mais fortes com respeito ao marco de ação da campanha do Secretariado Geral da ONU “UNIDOS para por fim a violência contra as mulheres.”

Todas e todos temos a responsabilidade de cumprir nosso papel para reduzir a violência a nível individual e comunitário, assim como a nível global e de Estado-nação.


A campanha dos 16 dias de Ativismo contra a Violência de Gênero é uma campanha internacional que tem suas origens no primeiro Instituto Global do Liderança das Mulheres, que foi patrocinado pelo Centro pelo Liderança das Mulheres(CWGL) na Universidade de Rutgers em 1991. As participantes escolheram as datas — o 25 de novembro, que é o Dia Internacional contra a Violência contra as Mulheres, e o 10 de dezembro, que é o Dia Internacional dos Direitos Humanos, com a finalidade de vincular de maneira simbólica a violência contra as mulheres com os direitos humanos,
enfatizando o fato de que a violência contra as mulheres é uma violação dos direitos humanos.

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