terça-feira, 15 de julho de 2008

AVALOKITESHVARA-O BUDA DA LUZ INFINITA


“Toda pessoa cujo coração é movido por amor e compaixão, que profunda e sinceramente age para o benefício de outros sem se importar com fama, lucro, posição social ou reconhecimento, expressa a atividade de Tchenrezi”.

- Bokar Rinpoche, em Tchenrezi, o Senhor da Grande Compaixão

No panteão budista-tibetano de seres iluminados, Tchenrezi é reconhecido como a personificação da compaixão de todos os Budas.

Avalokiteshvara é a manifestação terrestre do Buda Amitabha - o Buda de Luz Infinita. Ele toma conta deste mundo no intervalo entre a vinda do Buda Sakyamuni - o Buda histórico - e o próximo Buda, Maitreya.

De acordo com a tradição, Tchenrezi fez o voto de não descansar até que tivesse liberado todos os seres em todos os reinos do sofrimento. Trabalhando diligentemente nesta tarefa, percebeu, depois de algum tempo, o imenso número de seres miseráveis que ainda precisava ser salvo por maior que fosse o seu esforço.

No seu desespero, virava sua cabeça para todos os lados de onde ouvia um lamento, uma dor, até que ela se partiu em onze pedaços. Buda Amitabha veio, então, ao seu encontro e transformou cada pedaço em uma nova cabeça, de modo que ele pudesse ouvir pedidos de ajuda vindos de todas as direções. Tentando alcançar o maior número de seres ao mesmo tempo, seus braços também se fragmentam em mil pedaços - pedaços estes que Buda Amitabha transformou novos braços, por isso Tchenrezi às vezes é visualizado com onze cabeças e mil braços.

Tchenrezi é, muito provavelmente, a deidade budista mais popular dentre todas - exceto pelo próprio Buda. Dependendo da parte do mundo em que é reverenciado, pode ser identificado por outros nomes, como Avalokiteshvara na Índia, Kuan Yin na China e Kannon no Japão.

Como Tchenrezi (ou Chenrezi), ele é considerado o protetor do Tibete e práticas espirituais associadas a ele estão presentes em todas as grandes linhagens do Budismo Tibetano. Acredita-se que o próprio Dalai Lama seja uma emanação de Tchenrezig.

Sempre que somos compassivos experimentamos uma conexão com Tchenrezi. E ainda que não sejamos constantemente compassivos como alguns grandes mestres conseguem ser, os budistas acreditam que todos nós compartilhamos, em nossa natureza básica, a mesma sabedoria e compaixão incondicional do Bodhisattva Tchenrezi.

Despertamos a nossa compaixão e a desenvolvemos na medida em que aprendemos mais e mais o que é ser, verdadeiramente, compassivo e repetimos o mantra atribuído a Tchenrezi - Om Mani Padme Hum.

Nenhum comentário:

Postar um comentário