quinta-feira, 17 de julho de 2008

RELIGIÃO


A língua tibetana nem mesmo possui um termo como as mesmas associações para a palavra "religião". A palavra mais próxima é chö (chos), que é uma tradução tibetana da palavra em sânscrito dharma. Este termo tem uma ampla gama de significados possíveis, nenhuma palavra em português vem a expressar aproximadamente as associações que ela tem para os tibetanos. Em seu uso mais comum, ela se refere aos ensinamentos do buddhismo, em que se acreditam expressar a verdade e delinear o caminho para a iluminação. O caminho é multifacetado, e há ensinamentos e práticas para servir a cada tipo de pessoa. Não há ninguém no caminho que todos sejam obrigados a seguir e não há práticas que sejam prescritas para todos os buddhistas. Ao invés disso, o dharma tem algo para cada um, e qualquer um pode se beneficiar com algum aspecto do dharma.

Porém, por causa desta natureza multifacetada, não há uma "verdade" que possa ser colocada em palavras, nem há um programa que treinamento que todos possam ou precisem seguir.

O buddhismo tibetano reconhece que as pessoas têm diferentes capacidades, atitudes e pré-disposições, e o dharma pode e deve ser adaptado a isto. Assim, não há uma única igreja em que todos devam cultuar, nenhum serviço religioso em que todos devam participar, nenhuma oração que todos devam dizer, nenhum texto que todos devam tratar como normativo, e nenhuma divindade que todos devam cultuar.

O dharma é extremamente flexível e se alguém achar que uma prática específica leva a diminuir as emoções negativas, a conduzir para a paz e felicidade maiores, e a aumentar a compaixão e a sabedoria, isto é o dharma.

O Dalai Lama afirma que é possível praticar o dharma até mesmo seguindo os ensinamentos e práticas de tradições não-buddhistas, como o cristianismo, islamismo, judaísmo ou hinduísmo. Se alguém pertence a uma destas tradições e se a sua prática religiosa conduz ao avanço espiritual, o Dalai Lama aconselha a mantê-la, já que esta é a meta de todos os caminhos religiosos.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

SÍMBOLOS AUSPICIOSOS DO BUDISMO









GUARDA-CHUVA DE PROTEÇÃO

Este é um símbolo de proteção e realeza. A
sombra protege do calor e do sol e o frescor
de sua sombra representa proteção contra
o sofrimento, desejo, obstáculos e doenças.
Tradições diferentes desenvolveram
muitos tipos de guarda-chuvas:
a parte de cima simboliza sabedoria e o tecido
que protege simboliza compaixão.





PEIXES DOURADOS

Simbolizam felicidade, devido à sua liberdade
na água, fertilidade e abundância, devido à sua
capacidade de se multiplicar rapidamente.



O GRANDE VASO-TESOURO

Ele é feito em argila como um bebedouro de água na
tradição indiana. Os desenhos tibetanos trazem
pétalas de Flor de Lótus.O tecido é seda
e vem dos patamares dos deuses. A parte superior é
selada com uma árvore de pedidos de boa sorte, com
a raiz retendo água da longevidade para criar todos os
tesouros que possuem qualidades especiais e não
importa quanto possa ser retirado do vaso, ele sempre
permanece cheio. Simboliza Vida Longa e Prosperidade.





O LÓTUS BRANCO

O lótus é símbolo de pureza expressada em
diferentes formas. É capaz de crescer e florescer
do lodo, portanto é um símbolo de Geração Divina.
O lótus no trono implica a concepção imaculada,
portanto é Divino. As Divindades são sempre
representadas segurando um lótus como símbolo
de suas qualidades de pureza, compaixão,
renúncia e perfeição.






A CONCHA

A concha vem das estórias indianas antigas que
descrevem como os heróis míticos carregavam
grandes conchas.É um símbolo de Poder e seu som
afasta os maus espíritos e previne a aproximação
de criaturas que possam causar danos ou
que atraiam desastres naturais.



O NÓ SEM FIM

Este nó não tem começo nem fim, e
simboliza a sabedoria e a compaixão ilimitadas.
Indica a continuidade da vida conforme
as linhas se sobrepõem na realidade
da existência humana.



A FLÂMULA DA VITÓRIA

Originou-se nos estandartes militares de vitória
carregados pelos indianos nobres. Ela simboliza os
métodos de ultrapassar problemas. Também traz
o desenvolvimento do conhecimento, sabedoria,
compaixão, meditação e votos éticos.




A RODA DO DHARMA

A roda é um símbolo antigo da CRIAÇÃO, NOBREZA
E PROTEÇÃO, que representa MOVIMENTO E MUDANÇA.
É também DHARMACHACRA ou RODA DA LEI,
que no Tibet significa a RODA DA TRANSFORMAÇÃO
ou DA MUDANÇA ESPIRITUAL. Também significa
que ultrapassarmos todos os nossos obstáculos e ilusões.

terça-feira, 15 de julho de 2008

AVALOKITESHVARA-O BUDA DA LUZ INFINITA


“Toda pessoa cujo coração é movido por amor e compaixão, que profunda e sinceramente age para o benefício de outros sem se importar com fama, lucro, posição social ou reconhecimento, expressa a atividade de Tchenrezi”.

- Bokar Rinpoche, em Tchenrezi, o Senhor da Grande Compaixão

No panteão budista-tibetano de seres iluminados, Tchenrezi é reconhecido como a personificação da compaixão de todos os Budas.

Avalokiteshvara é a manifestação terrestre do Buda Amitabha - o Buda de Luz Infinita. Ele toma conta deste mundo no intervalo entre a vinda do Buda Sakyamuni - o Buda histórico - e o próximo Buda, Maitreya.

De acordo com a tradição, Tchenrezi fez o voto de não descansar até que tivesse liberado todos os seres em todos os reinos do sofrimento. Trabalhando diligentemente nesta tarefa, percebeu, depois de algum tempo, o imenso número de seres miseráveis que ainda precisava ser salvo por maior que fosse o seu esforço.

No seu desespero, virava sua cabeça para todos os lados de onde ouvia um lamento, uma dor, até que ela se partiu em onze pedaços. Buda Amitabha veio, então, ao seu encontro e transformou cada pedaço em uma nova cabeça, de modo que ele pudesse ouvir pedidos de ajuda vindos de todas as direções. Tentando alcançar o maior número de seres ao mesmo tempo, seus braços também se fragmentam em mil pedaços - pedaços estes que Buda Amitabha transformou novos braços, por isso Tchenrezi às vezes é visualizado com onze cabeças e mil braços.

Tchenrezi é, muito provavelmente, a deidade budista mais popular dentre todas - exceto pelo próprio Buda. Dependendo da parte do mundo em que é reverenciado, pode ser identificado por outros nomes, como Avalokiteshvara na Índia, Kuan Yin na China e Kannon no Japão.

Como Tchenrezi (ou Chenrezi), ele é considerado o protetor do Tibete e práticas espirituais associadas a ele estão presentes em todas as grandes linhagens do Budismo Tibetano. Acredita-se que o próprio Dalai Lama seja uma emanação de Tchenrezig.

Sempre que somos compassivos experimentamos uma conexão com Tchenrezi. E ainda que não sejamos constantemente compassivos como alguns grandes mestres conseguem ser, os budistas acreditam que todos nós compartilhamos, em nossa natureza básica, a mesma sabedoria e compaixão incondicional do Bodhisattva Tchenrezi.

Despertamos a nossa compaixão e a desenvolvemos na medida em que aprendemos mais e mais o que é ser, verdadeiramente, compassivo e repetimos o mantra atribuído a Tchenrezi - Om Mani Padme Hum.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

INGRID BETANCOURT - LIVRE - 2 DE JULHO DE 2008


Filha de um ex-senador e ex-embaixador colombiano com uma ex-miss Colômbia, Gabriel Betancourt e Yolanda Pulecio, viveu boa parte de sua juventude em Paris, onde o pai servia como embaixador da UNESCO. Estudou Ciências Políticas no Instituto de Estudos Políticos de Paris. Seu ambiente familiar propiciou-lhe o convívio com o poeta Pablo Neruda, o escritor Gabriel García Márquez e o pintor Fernando Botero. Teve dois filhos de seu primeiro casamento na França.[1].

Após o assassinato de Luis Carlos Galán, (ex-candidato a presidência) com uma plataforma política anti-drogas, Íngrid decidira retornar à Colômbia (1989). Em 1990 ela trabalhou no Ministério das Finaças da Colômbia, posteriormente abandonou, para entrar na política. Na sua primeira campanha, Íngrid distribuira preservativos que representavam como ela mesmo dizia: "um preservativo contra a corrupção". Combatia o tráfico de drogas e militava na causa ambiental.

Íngrid concorrera ao cargo de senadora na eleição de 1998 - a quantidade de votos que recebera fora a maior entre todos os candidatos ao senado daquela eleição. Durante seu mandato recebera ameaças de morte por uma organização militar desconhecida, forçando-a a enviar seus filhos para Nova Zelândia.

Na eleição presidencial seguinte, Íngrid concedera apoio a Andrés Pastrana em troca de concessões de seu interesse. Porém, após sua eleição ela reivindicara o não cumprimento das promessas por Andrés a ela feitas.

Após a eleição de 1998 Íngrid escrevera um livro, uma memória. Em princípio, seu livro não fora publicado na Colômbia , pois continha revelações polêmicas, além de críticas e acusações contra o antigo presidente Samper e outros, por isso fora publicado inicialmente na França com o título: "La Rage au Coeur" (Raiva no coração).[2]

Seqüestrada em 2002, permaneceu em poder dar FARC até, hoje, 2 de Julho de 2008, quando foi resgatada numa operação do exército colombiano.