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quarta-feira, 19 de setembro de 2012
BERNIE GLASSMAN E SEU BUDISMO ENGAJADO
Americano, 73 anos, engenheiro com doutorado em matemática pela Universidade da Califórnia, Glassman é reconhecido por ter criado o budismo "socialmente engajado". Fundou a ordem Zen Peacemakers e inventou os retiros de rua, como o que acaba de ocorrer em São Paulo.
Mestre zen budista, aluno de Maezumi Roshi (mesmo mestre que iniciou a Monja Coen no Zen), Bernie Glassman se destacou por migrar, ao longo da sua trajetória, de uma abordagem mais tradicional do zen budismo para uma visão de intersecção da prática contemplativa clássica com ação social explícita. Em seus 40 anos de trabalho, começou trocando a localização do primeiro centro que fundou, indo de uma região mais rica para outra mais pobre; depois, se tornou empreendedor social ao criar iniciativas de ajuda a sem-teto e inventar retiros de rua em grandes cidades; também instituiu retiros em Auschwitz (ambas as idéias como uma forma de travar contato direto com sofrimentos humanos que preferimos evitar); e, nos últimos anos, tem viajado o mundo para atuar em situações de conflito e propagar a sua visão de ativismo social – trazendo para esse universo a idéia de interdependência e as práticas contemplativas.
'NÓS NÃO CONTRATAMOS PESSOAS PARA FAZER BROWNIES; NÓS FAZEMOS BROWNIES PARA CONTRATAR PESSOAS" é uma das frases mais famosas dele.
Criou a padaria Greyston há 30 anos em Nova York, no Yonkers, região com altos índices de violência. Só foi criada para dar empregos a uma população de sem-teto e usuários de drogas. Hoje, fornece para os melhores restaurantes e hotéis da cidade. Atua como clow em campos de refugiados e mantém a fundação Greyston Nandala, que engloba projetos de habitação, saúde, creches etc. e atende 2.000 famílias por ano.
Fonte:http://zenpeacemakers.org/
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